A
partir de suas pesquisas sobre as origens da medicina clínica, Foucault
descobriu o “panopticon” de Jeremy Benthan, escrito no século XVIII; durante
esse século foi realizada uma serie de modificações na arquitetura dos
hospitais, uma reorganização dos espaços das prisões. No panopticon de Benthan
o olhar para as coisas, as pessoas, para os corpo é centralizado e a luz é sua
principal característica.
O “panopticon” é uma construção em
anel, em que no centro há uma torre com janelas grandes; a construção que forma
o anel é constituída de celas, que possuem duas janelas, uma para o interior da
construção e outra para o exterior do prédio, o que permite que o sol atravesse
a cela, o que faz com que quem está na torre consiga ver tudo o que acontece
dentro dela. Por isso sua principal característica é a luz; se antes era na
masmorra que ficam os presos, escondidos no escuro, agora é a transparência que
os faz ficar, a visibilidade total, inclusive do local que se exerce o poder.
Segundo Foucault, com a invenção do “panopticon” Benthan descobriu uma
“tecnologia do poder para resolver o problema da vigilância” (FOUCAULT, ANO.
p.115), não só da ou para as prisões, mas hospitais e escolas. A partir do
final do século XVIII a arquitetura começou a se especializar, a compreender o
poder do espaço e usá-lo politicamente, passou a organizar o espaço para
objetivos políticos e econômicos; Foucault fala de como o controle da
sexualidade, por exemplo, está tão inscrito nas paredes da escola, de como a
arquitetura trabalha a favor da vigilância.
O mais importante no panopticon e
sua arquitetura é o olhar; sua arquitetura se realizada para favorecer o olhar,
a transparência, a luz; por isso no texto eles falam de como Benthan completa
Rousseou, já que ele fala da mentira na sociedade, de como os homens escondem
seus segredos, sua face obscura. É caminhando nesse sentido que a Revolução
Francesa consegue enxergar um objetivo humanitário no projeto de Benthan, a
vigilância constante das pessoas as impediria de fazer o mal de tal forma que
até não sentiriam mais vontade de fazê-lo. O olhar do vigia é constante, é
incessante, até o ponto em que o olhar passa ser do próprio vigiado, é interiorizado,
cada um vigia a si mesmo.
Mas
esse poder é alguém? Ele vem de um lugar? Foucault fala de como o poder na
sociedade do século XIX não pode ser identificado como um indivíduo, segundo
ele não é uma maquinaria em que alguém é o titular, “cada um, de acordo com seu
lugar, é vigiado por todos ou por alguns outros, trata-se de um aparelho de
desconfiança total e circulante, pois não existe ponto absoluto” (FOUCAULT,
ANO. p.121). O poder é algo mais difuso do que as leis do Estado, a rede de
poder possui uma forma piramidal em que o apoio e o condicionamento são
recíprocos.
Confira o texto completo!
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sem comentario pq eu ñ entendi nada
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