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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Fotografia e Bourdieu




o    Do grego, “fós” (luz) e “grafis” (estilo, pincel), fotografia significa “a criação de imagens por efeito de exposição da luz” (IMME & OLIARI, 2009).
o    Ou seja, é uma representação fotomecânica da realidade, que ajuda no conhecimento coletivo e na compreensão histórica, dado o seu caráter de “memória visual do homem e do seu entorno sociocultural” (KOSSOY apud VITACHI & BONI, 2009).
o    Seus principais propósitos são ilustrar fatos, expor sentimentos a novas interpretações e eternizar episódios e momentos (IMME & OLIARI, 2009).

o    A fotografia foi criada por Niépce e Daguerre, na década de 1830.
o    Aliando técnica e entretenimento, popularizou-se rapidamente na Europa, onde as pessoas a viam como a “possibilidade inovadora de informação e conhecimento histórico” (KOSSOY apud VITACHI & BONI, 2009).
o    Porém, mesmo com toda a aceitação popular, ela não escapou de entrar em choque com os artistas naturalistas da época, que viam a arte da pintura eclipsada por ela (MAUAD).
o    Por essa razão, houve uma separação entre arte e fotografia, sendo que a primeira ficou relacionada com imaginação e sensibilidade e a segunda à uma memória documental (BAUDELAIRE apud MAUAD).
o    Tal caráter documental fez com que, desde o início do século XX, a fotografia estivesse associada à identificação, o que permitiu sua inclusão em documentos.
o    Ela funcionava como “prova” de pertencimento a um grupo familiar, sobretudo à elite. Era comum o registro de hábitos requintados e riqueza, até mesmo pelos escravos alforriados. 
o    Para “parecer branco” e ter sua cidadania reconhecida no tempo do Império, era necessário mostrar ter os mesmos costumes, expressões, roupas e mobiliário da elite branca[1]. Embora a valorização da aparência e da condição social tenha sido esquecida, percebemos que desde aquela época já era sabido que a fotografia pode mentir.
·           A fotografia transforma o real, pois é puramente visual, bidimensional e plana, além de possuir  cores que não correspondem fielmente à realidade. Ela isola um determinado ponto no tempo e no espaço, acarretando a perda da dimensão processual do tempo vivido (MAUAD).

Trabalho realizado na disciplina Apropriações do Urbano em setembro de 2011.

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