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Do grego, “fós” (luz) e “grafis”
(estilo, pincel), fotografia significa “a criação de imagens por efeito de
exposição da luz” (IMME & OLIARI, 2009).
o
Ou seja, é uma representação
fotomecânica da realidade, que ajuda no conhecimento coletivo e na compreensão
histórica, dado o seu caráter de “memória visual do homem e do seu entorno
sociocultural” (KOSSOY apud VITACHI & BONI, 2009).
o
Seus principais propósitos são ilustrar
fatos, expor sentimentos a novas interpretações e eternizar episódios e
momentos (IMME & OLIARI, 2009).
o
A fotografia foi criada por Niépce e
Daguerre, na década de 1830.
o
Aliando técnica e entretenimento,
popularizou-se rapidamente na Europa, onde as pessoas a viam como a
“possibilidade inovadora de informação e conhecimento histórico” (KOSSOY apud
VITACHI & BONI, 2009).
o
Porém, mesmo com toda a aceitação
popular, ela não escapou de entrar em choque com os artistas naturalistas da
época, que viam a arte da pintura eclipsada por ela (MAUAD).
o
Por essa razão, houve uma separação
entre arte e fotografia, sendo que a primeira ficou relacionada com imaginação
e sensibilidade e a segunda à uma memória documental (BAUDELAIRE apud
MAUAD).
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Tal caráter documental fez com que,
desde o início do século XX, a fotografia estivesse associada à identificação,
o que permitiu sua inclusão em documentos.
o
Ela funcionava como “prova” de
pertencimento a um grupo familiar, sobretudo à elite. Era comum o registro de
hábitos requintados e riqueza, até mesmo pelos escravos alforriados.
o
Para “parecer branco” e ter sua
cidadania reconhecida no tempo do Império, era necessário mostrar ter os mesmos
costumes, expressões, roupas e mobiliário da elite branca[1].
Embora a valorização da aparência e da condição social tenha sido esquecida,
percebemos que desde aquela época já era sabido que a fotografia pode mentir.
·
A fotografia transforma o real, pois é
puramente visual, bidimensional e plana, além de possuir cores que não correspondem fielmente à
realidade. Ela isola um determinado ponto no tempo e no espaço, acarretando a
perda da dimensão processual do tempo vivido (MAUAD).
Trabalho realizado na disciplina Apropriações do Urbano em setembro de 2011.
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