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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O papel do museu no ensino de História


O MUSEU

* Um museu histórico não é uma instituição voltada para os objetos históricos, mas para os problemas históricos. Além disso, é um centro de documentação.

* No museu histórico devem estar obrigatoriamente presentes a celebração, a evocação e a memória, porém não como objetivos, mas sim com objetos do conhecimento.

* É preciso por em prática o conceito de que o museu é fundamentalmente, um espaço da sociedade, onde especialistas preservam e discutem uma história da qual o púbico visitante é parte integrante.

* O museu traz consigo a possibilidade concreta de perceber as transformações sociais que constituem o processo histórico (comparação entre sua própria realidade e os objetos produzidos e utilizados pelas sociedades passadas), assim como a visualização concreta das mudanças – pensar historicamente (diferenças e transformações) – repensar seu próprio cotidiano.

FUNÇÃO

* Uma das principais funções do museu é o processo educativo e comunicativo, que ocorre através da mediação entre os indivíduos e objetos materiais. Com isso, é possível compreender os aspectos sociais, históricos e técnicos, artísticos e científicos envolvidos.

O ACERVO

* As exposições são fontes de prazer estético, de observação científica, de reflexão e interação

* O acervo de um museu histórico nos permite analisar uma sociedade em um determinado tempo, levando em conta a noção de interação de diversas dimensões do cotidiano.

* Os objetos assumem o papel de fornecer a informação, mesmo que ainda tenham que perder a serventia para qual foram concebidos.

ROTEIRO DE VISITA

* Apesar da existência, em alguns museus, de uma sequência pedagógica, continuamos livres para segui-la ou não.

* A forma mais espontânea de interação visitante-objeto histórico é a comparação entre a sua realidade e os objetos produzidos e utilizados pelas sociedades passadas.

* Estrutura: Mapa da Exposição (Módulos temáticos, objetos expostos e eixo teórico).

PEDAGOGIA E MUSEU

* Acervo histórico museológico não é manual de história nacional ou regional – perspectiva a partir da divisão do ensino em compartimentos estanques.

* Desenvolvimento de atividades pedagógicas dentro do museu – Roteiro de visita (possibilidade de trabalho pedagógico).

* Experiências pedagógicas no museu – roteiros de visita/propostas de trabalho – reflexão dos próprios alunos – produção de conhecimento.

* Formação dos professores: bibliografia específica sobre os objetos e exposições e “atividade prática”.

MUSEU HISTÓRICO E ESCOLA

* No eixo teórico deve conter conceitos a serem trabalhados com os alunos para que o conhecimento seja construído durante a exposição – perspectiva construtivista. Além disso, deve ocorrer a problematização dos objetos expostos.

* SegundoMarandino e colaboradores (2008):
É importante estabelecer relações entre os conhecimentos que o visitante já possui aos novos que lhe serão apresentados.

* Atividades propostas:

- Atividades em sala de aulas antes de ir o museu.
- Durante a visita é interessante desenvolver os conceitos didáticos que serão necessários para a compreensão da exposição.
-Depois da visita também é interessante elaborar questões de reflexão acerca do que visto e estudado.

Para que serve um museu histórico?

Divisão dos museus: arte, antropologia, zoologia, ciência, história, tecnologia, etc. Também existem os museus monográficos (do telefone, do transporte, do brinquedo, etc);

Um museu histórico não é uma instituição voltada para os objetos históricos, mas para os problemas históricos.

No museu histórico devem estar obrigatoriamente presentes a celebração, a evocação e a memória, porém não como objetivos, mas sim com objetos do conhecimento.

Uma das principais funções do museu é estabelecer uma mediação entre os indivíduos e objetos materiais. O museu induz o visitante a ver aquilo que seus olhos deixam passar no cotidiano, assim como o que é diferente. Dessa forma, o museu é o lugar próprio para coletar objetos, conservá-los e classifica-los, estudá-los, etc...

Esses objetos materiais presentes nos museus se transformam em documentos, ou seja, os objetos assumem o papel de fornecer a informação, mesmo que ainda tenham que perder a serventia para qual foram concebidos. Por exemplo, em museu histórico nenhum móvel ou arma pode ser empregado como móvel ou arma pelos funcionários ou visitantes é válido ressaltar que esse esvaziamento de valor de uso, em benefício do valor documental, não é o mesmo para todos os objetos.

Para concluir, pode-se considerar o museu como a forma pela qual nossa sociedade transforma os objetos materiais em documentos, portanto o museu também é um centro de documentação.

Museus

1) Finalidade:
A finalidade principal de um museu histórico é o processo educativo e comunicativo. Mas o entendimento das funções de um acervo histórico museológico como sendo uma espécie de manual de história nacional ou regional é erronia.

2) O Espaço:
O espaço no museu é de uso livre, ou seja, a decisão sobre o percurso é pessoal. Apesar da existência, em alguns museus, de uma sequência pedagógica, continuamos livres para segui-la ou não.

3) As exposições e os objetos:
As exposições são fontes de prazer estético, de observação científica, de reflexão e interação.
Os objetos são elementos centrais e a alma dos museus, através dos quais o visitante pode apropriar-se dos conhecimentos expostos, assim como compreender os aspectos sociais, históricos e técnicos, artísticos e científicos envolvidos.
Dessa forma, o acervo de um museu histórico nos permite analisar uma sociedade em um determinado tempo, levando em conta a noção de interação de diversas dimensões do cotidiano. Além disso, o acervo pode proporcionar ao visitante a percepção das transformações sociais que constituem o processo histórico.
A forma mais espontânea de interação visitante-objeto histórico é a comparação entre a sua realidade e os objetos produzidos e utilizados pelas sociedades passadas. Através dessa interação, os visitantes podem visualizar de maneira concreta as mudanças históricas, e isso permite que pensem historicamente, que se sensibilizem com as diferenças e transformações entre o tempo presente e o passado. Com isso o visitante pode repensar sobre seu próprio cotidiano.

4) A mediação e a interação nos museus, segundo Marandino e colaboradores (2008):
O mediador nesses espaços deve ser compreendido como um decodificador das informações contidas na exposição. Para melhor desenvolver seu papel, ele deve obter informações sobre os visitantes, buscando estabelecer relações entre os conhecimentos que o visitante já possui aos novos que lhe serão apresentados.
Sobre a interatividade nos museus, ocorreu uma categorização dos tipos da mesma em: Hands on, Minds on, e Hearts on.
Hands on ou Manual promove uma interação através do toque a da manipulação física como principal forma de interação. A MInds on ou Intelectual acontece quando há um engajamento intelectual e quando a exposição promove a reflexão dos visitantes, onde eles podem modificar seu pensamento durante ou depois da visita e desenvolver questionamentos e dúvidas. O Hearts on ou Cultural acontece quando a exposição suscita aspectos éticos, estéticos, morais e históricos nos visitantes, mexendo então com a sensibilidade dos mesmos. Desta forma percebemos que a interação Hands on pemite uma interação manual, a MInds on uma interação intelectual, e o Hearts on uma interação cultural e de sensibilidade.
As exposições podem privilegiar uma dessas interações, mas é desejável a presença das três possibilidades, mesmo que trabalhadas em intensidade diferentes.

5) Roteiro de uma visita:
Atividades em sala de aulas antes de ir o museu.
Durante a visita é interessante desenvolver os conceitos didáticos que serão necessários para a compreensão da exposição. É importante situar a época e a sociedade que a exposição pretende explorar, bem seus principais costumes. Cada etapa da visita deve possuir um tipo de conhecimento a ser assimilado pelos visitantes. Além disso, pode-se
propor que os estudantes, interagindo com os objetos, realizem um trabalho de reflexão e comparação com nossa sociedade atual, que os levem à produção de um conhecimento e à compreensão da forma como este conhecimento foi produzido.
Depois da visita também é interessante elaborar questões de reflexão.

O museu no ensino de História

* Principal função do museu histórico é educativa.
* Desenvolvimento de atividades pedagógica dentro do museu – Roteiro de visita (possibilidade de trabalho pedagógico).
* Acervo histórico museológico não é manual de história nacional ou regional – perspectiva a partir da divisão do ensino em compartimentos estanques.
* O acervo permite analisar a sociedade de um determinado tempo, levando em conta a noção de interação das diversas dimensões do cotidiano;
* Possibilidade concreta de perceber as transformações sociais que constituem o processo histórico (comparação entre sua própria realidade e os objetos produzidos e utilizados pelas sociedades passadas).
* Visualização concreta das mudanças – pensar historicamente (diferenças e transformações) – repensar seu próprio cotidiano.
* Experiências pedagógicas no museu – roteiros de visita/propostas de trabalho – reflexão dos próprios alunos – produção de conhecimento.
* Formação dos professores: bibliografia específica sobre os objetos e exposições e “atividade prática”.
O roteiro de visita
* Estrutura: Mapa da Exposição (Módulos temáticos, objetos expostos e eixo teórico).
* No eixo teórico deve conter conceitos a ser trabalhados com os alunos para que o conhecimento seja construído durante a exposição – perspectiva construtivista.
* Problematização dos objetos expostos.

O Museu Paulista da Universidade de São Paulo abriu suas portas para visitação da população no final do século XIX (1893), pouco tempo depois da proclamação da República. A partir dessa época, o Museu se voltou para a pesquisa e a instrução popular.

Para quase todos os paulistanos ele é conhecido como “Museu do Ipiranga”, assim ele fica limitado a desempenhar o papel de “museu do grito”, isto é, voltado a celebração do “heróico grito do Ipiranga” e de seu autor, o Imperador D. Pedro I. Muitos também acreditam que D. Pedro I ,morou no Ipiranga, porém ele morreu muito antes da construção do Palácio de Bezzi (como era conhecido na época de sua construção, 1885- 1890).

A região do Ipiranga (São Paulo) ficou conhecida porque em alguns momentos do dia 7 de setembto de 1822, o príncipe D. Pedro, acompanhado de sua comitiva, passou por ali e num gesto teatral, determinou o rompimento político do Reino com a metrópole. Consta que após esse dia ele jamais voltou ao Ipiranga.
Durante todo o século XIX procurou-se erguer um Monumento de Independência, mas todas as tentativas falharam devido a falta de recursos. Apenas quando surgiu a ideia de se construir uma instituição de ensino, foi possível levar a cabo o projeto de um monumento no Ipiranga. Este deveria ser grandioso, mas com um caráter utilitário. O projeto apresentado foi de encontro aos ideais da elite paulista: preocupada com a cultura, o progresso, e a modernidade. De estilo renascentista italiano, o prédio não parecia preencher os requisitos necessários para o funcionamento de uma escola, ficando desocupado por algum tempo.

Logo no inicio de sua ocupação, ele recebeu um apanhado de coleções particulares (zoologia, arqueologia, botânica, etc), porém nunca se perdeu de vista o seu caráter de monumento histórico. Assim com as mudanças de seus diretores, a instituição passou a adotar uma postura cada vez mais próxima da ideia inicial: a comemoração da independência.

É preciso por em prática o conceito de que o museu é fundamentalmente, um espaço da sociedade, onde especialistas preservam e discutem uma história da qual o púbico visitante é parte integrante. 

Trabalho realizado na disciplina Metodologia de História em outubro de 2011.

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