O MUSEU
* Um museu histórico não é uma
instituição voltada para os objetos históricos, mas para os problemas
históricos. Além disso, é um centro de documentação.
* No museu histórico devem estar
obrigatoriamente presentes a celebração, a evocação e a memória, porém não como
objetivos, mas sim com objetos do conhecimento.
* É preciso por em prática o conceito
de que o museu é fundamentalmente, um espaço da sociedade, onde especialistas
preservam e discutem uma história da qual o púbico visitante é parte
integrante.
* O museu traz consigo a possibilidade
concreta de perceber as transformações sociais que constituem o processo
histórico (comparação entre sua própria realidade e os objetos produzidos e
utilizados pelas sociedades passadas), assim como a visualização concreta das
mudanças – pensar historicamente (diferenças e transformações) – repensar seu
próprio cotidiano.
FUNÇÃO
* Uma das principais funções do museu
é o processo educativo e comunicativo, que ocorre através da mediação entre os
indivíduos e objetos materiais. Com isso, é possível compreender os aspectos
sociais, históricos e técnicos, artísticos e científicos envolvidos.
O ACERVO
* As exposições são fontes de prazer
estético, de observação científica, de reflexão e interação
* O acervo de um museu histórico nos
permite analisar uma sociedade em um determinado tempo, levando em conta a
noção de interação de diversas dimensões do cotidiano.
* Os objetos assumem o papel de
fornecer a informação, mesmo que ainda tenham que perder a serventia para qual
foram concebidos.
ROTEIRO DE VISITA
* Apesar da existência, em alguns
museus, de uma sequência pedagógica, continuamos livres para segui-la ou não.
* A forma mais espontânea de interação
visitante-objeto histórico é a comparação entre a sua realidade e os objetos
produzidos e utilizados pelas sociedades passadas.
* Estrutura: Mapa da Exposição
(Módulos temáticos, objetos expostos e eixo teórico).
PEDAGOGIA E MUSEU
* Acervo histórico museológico não é
manual de história nacional ou regional – perspectiva a partir da divisão do
ensino em compartimentos estanques.
* Desenvolvimento de atividades
pedagógicas dentro do museu – Roteiro de visita (possibilidade de trabalho
pedagógico).
* Experiências pedagógicas no museu –
roteiros de visita/propostas de trabalho – reflexão dos próprios alunos –
produção de conhecimento.
* Formação dos professores:
bibliografia específica sobre os objetos e exposições e “atividade prática”.
MUSEU HISTÓRICO E ESCOLA
* No eixo teórico deve conter
conceitos a serem trabalhados com os alunos para que o conhecimento seja
construído durante a exposição – perspectiva construtivista. Além disso, deve
ocorrer a problematização dos objetos expostos.
* SegundoMarandino e colaboradores
(2008):
É importante estabelecer relações
entre os conhecimentos que o visitante já possui aos novos que lhe serão
apresentados.
* Atividades propostas:
- Atividades em sala de aulas antes de
ir o museu.
- Durante a visita é interessante
desenvolver os conceitos didáticos que serão necessários para a compreensão da
exposição.
-Depois da visita também é
interessante elaborar questões de reflexão acerca do que visto e estudado.
Para que serve um museu histórico?
Divisão dos museus: arte,
antropologia, zoologia, ciência, história, tecnologia, etc. Também existem os
museus monográficos (do telefone, do transporte, do brinquedo, etc);
Um museu histórico não é uma
instituição voltada para os objetos históricos, mas para os problemas
históricos.
No museu histórico devem estar
obrigatoriamente presentes a celebração, a evocação e a memória, porém não como
objetivos, mas sim com objetos do conhecimento.
Uma das principais funções do museu é
estabelecer uma mediação entre os indivíduos e objetos materiais. O museu induz
o visitante a ver aquilo que seus olhos deixam passar no cotidiano, assim como
o que é diferente. Dessa forma, o museu é o lugar próprio para coletar objetos,
conservá-los e classifica-los, estudá-los, etc...
Esses objetos materiais presentes nos
museus se transformam em documentos, ou seja, os objetos assumem o papel de
fornecer a informação, mesmo que ainda tenham que perder a serventia para qual
foram concebidos. Por exemplo, em museu histórico nenhum móvel ou arma pode ser
empregado como móvel ou arma pelos funcionários ou visitantes é válido
ressaltar que esse esvaziamento de valor de uso, em benefício do valor
documental, não é o mesmo para todos os objetos.
Para concluir, pode-se considerar o
museu como a forma pela qual nossa sociedade transforma os objetos materiais em
documentos, portanto o museu também é um centro de documentação.
Museus
1) Finalidade:
A finalidade principal de um museu
histórico é o processo educativo e comunicativo. Mas o entendimento das funções
de um acervo histórico museológico como sendo uma espécie de manual de história
nacional ou regional é erronia.
2) O Espaço:
O espaço no museu é de uso livre, ou
seja, a decisão sobre o percurso é pessoal. Apesar da existência, em alguns
museus, de uma sequência pedagógica, continuamos livres para segui-la ou não.
3) As exposições e os objetos:
As exposições são fontes de prazer
estético, de observação científica, de reflexão e interação.
Os objetos são elementos centrais e a
alma dos museus, através dos quais o visitante pode apropriar-se dos
conhecimentos expostos, assim como compreender os aspectos sociais, históricos
e técnicos, artísticos e científicos envolvidos.
Dessa forma, o acervo de um museu
histórico nos permite analisar uma sociedade em um determinado tempo, levando em
conta a noção de interação de diversas dimensões do cotidiano. Além disso, o
acervo pode proporcionar ao visitante a percepção das transformações sociais
que constituem o processo histórico.
A forma mais espontânea de interação
visitante-objeto histórico é a comparação entre a sua realidade e os objetos
produzidos e utilizados pelas sociedades passadas. Através dessa interação, os
visitantes podem visualizar de maneira concreta as mudanças históricas, e isso
permite que pensem historicamente, que se sensibilizem com as diferenças e
transformações entre o tempo presente e o passado. Com isso o visitante pode
repensar sobre seu próprio cotidiano.
4) A mediação e a interação nos
museus, segundo Marandino e colaboradores (2008):
O mediador nesses espaços deve ser
compreendido como um decodificador das informações contidas na exposição. Para
melhor desenvolver seu papel, ele deve obter informações sobre os visitantes,
buscando estabelecer relações entre os conhecimentos que o visitante já possui
aos novos que lhe serão apresentados.
Sobre a interatividade nos museus,
ocorreu uma categorização dos tipos da mesma em: Hands on, Minds on, e Hearts
on.
Hands on ou Manual promove uma
interação através do toque a da manipulação física como principal forma de
interação. A MInds on ou Intelectual acontece quando há um engajamento
intelectual e quando a exposição promove a reflexão dos visitantes, onde eles
podem modificar seu pensamento durante ou depois da visita e desenvolver
questionamentos e dúvidas. O Hearts on ou Cultural acontece quando a exposição
suscita aspectos éticos, estéticos, morais e históricos nos visitantes, mexendo
então com a sensibilidade dos mesmos. Desta forma percebemos que a interação
Hands on pemite uma interação manual, a MInds on uma interação intelectual, e o
Hearts on uma interação cultural e de sensibilidade.
As exposições podem privilegiar uma
dessas interações, mas é desejável a presença das três possibilidades, mesmo
que trabalhadas em intensidade diferentes.
5) Roteiro de uma visita:
Atividades em sala de aulas antes de
ir o museu.
Durante a visita é interessante
desenvolver os conceitos didáticos que serão necessários para a compreensão da
exposição. É importante situar a época e a sociedade que a exposição pretende
explorar, bem seus principais costumes. Cada etapa da visita deve possuir um
tipo de conhecimento a ser assimilado pelos visitantes. Além disso, pode-se
propor que os estudantes, interagindo
com os objetos, realizem um trabalho de reflexão e comparação com nossa sociedade
atual, que os levem à produção de um conhecimento e à compreensão da forma como
este conhecimento foi produzido.
Depois da visita também é interessante
elaborar questões de reflexão.
O museu no ensino de História
* Principal função do museu histórico
é educativa.
* Desenvolvimento de atividades
pedagógica dentro do museu – Roteiro de visita (possibilidade de trabalho
pedagógico).
* Acervo histórico museológico não é
manual de história nacional ou regional – perspectiva a partir da divisão do
ensino em compartimentos estanques.
* O acervo permite analisar a
sociedade de um determinado tempo, levando em conta a noção de interação das
diversas dimensões do cotidiano;
* Possibilidade concreta de perceber
as transformações sociais que constituem o processo histórico (comparação entre
sua própria realidade e os objetos produzidos e utilizados pelas sociedades
passadas).
* Visualização concreta das mudanças –
pensar historicamente (diferenças e transformações) – repensar seu próprio
cotidiano.
* Experiências pedagógicas no museu –
roteiros de visita/propostas de trabalho – reflexão dos próprios alunos –
produção de conhecimento.
* Formação dos professores:
bibliografia específica sobre os objetos e exposições e “atividade prática”.
O roteiro de visita
* Estrutura: Mapa da Exposição
(Módulos temáticos, objetos expostos e eixo teórico).
* No eixo teórico deve conter
conceitos a ser trabalhados com os alunos para que o conhecimento seja
construído durante a exposição – perspectiva construtivista.
* Problematização dos objetos
expostos.
O Museu Paulista da Universidade de
São Paulo abriu suas portas para visitação da população no final do século XIX
(1893), pouco tempo depois da proclamação da República. A partir dessa época, o
Museu se voltou para a pesquisa e a instrução popular.
Para quase todos os paulistanos ele é
conhecido como “Museu do Ipiranga”, assim ele fica limitado a desempenhar o
papel de “museu do grito”, isto é, voltado a celebração do “heróico grito do
Ipiranga” e de seu autor, o Imperador D. Pedro I. Muitos também acreditam que
D. Pedro I ,morou no Ipiranga, porém ele morreu muito antes da construção do
Palácio de Bezzi (como era conhecido na época de sua construção, 1885- 1890).
A região do Ipiranga (São Paulo) ficou
conhecida porque em alguns momentos do dia 7 de setembto de 1822, o príncipe D.
Pedro, acompanhado de sua comitiva, passou por ali e num gesto teatral,
determinou o rompimento político do Reino com a metrópole. Consta que após esse
dia ele jamais voltou ao Ipiranga.
Durante todo o século XIX procurou-se
erguer um Monumento de Independência, mas todas as tentativas falharam devido a
falta de recursos. Apenas quando surgiu a ideia de se construir uma instituição
de ensino, foi possível levar a cabo o projeto de um monumento no Ipiranga.
Este deveria ser grandioso, mas com um caráter utilitário. O projeto
apresentado foi de encontro aos ideais da elite paulista: preocupada com a
cultura, o progresso, e a modernidade. De estilo renascentista italiano, o
prédio não parecia preencher os requisitos necessários para o funcionamento de
uma escola, ficando desocupado por algum tempo.
Logo no inicio de sua ocupação, ele
recebeu um apanhado de coleções particulares (zoologia, arqueologia, botânica,
etc), porém nunca se perdeu de vista o seu caráter de monumento histórico.
Assim com as mudanças de seus diretores, a instituição passou a adotar uma
postura cada vez mais próxima da ideia inicial: a comemoração da independência.
É preciso por em prática o conceito de
que o museu é fundamentalmente, um espaço da sociedade, onde especialistas
preservam e discutem uma história da qual o púbico visitante é parte
integrante.
Trabalho realizado na disciplina Metodologia de História em outubro de 2011.